domingo, 18 de março de 2012

Alan Wake

               Hey hey o/


          Faz um tempo que não aparece algum bom terror no mercado. E digo mais, faz um bom tempo que Silent Hill foi lançado, elevando o padrão do terror videogamerístico para um patamar que a maioria ainda tem dificuldade de alcançar ( custa-me assumir, mas ainda não joguei Penumbra nem Amnesia).
         



          Alan Wake me fez acreditar que alguém atravessou a barreira Silent Hill de qualidade, então comprei e joguei, e não me arrependi. O game foi lançado em 2010 para Xbox 360, mas na verdade não é um "jogo velho" para os PC Gamers como eu, já que a previsão de lançar uma versão para PC logo depois do lançamento de Xbox foi sendo adiada, até praticamente ser abandonada. Mas apesar dos pesares, finalmente, temos Alan!
          No começo me senti um pouco mal com a historia, farejei plagio preguiçoso por conta do velho: preciso encontrar um ente querido numa cidade desconhecida enquanto sou atacado pelo mal ( Silent Hill anyone? ), mas lendo ( e jogando ) mais percebi que o game não se resumia a isso.

 

 
          A história de Alan Wake começa antes do jogo. Remedy, a produtora, criou uma pequena série com seis episódios chamada Bright Falls ( o nome da cidade em que o jogo se passa ). A série é um tipo de prequência, para nos fazer entrar no clima antes de por as mãos nos controles. O vídeo abaixo é o primeiro episódio ( a legenda tem uns erros malévolos, mas serve pra quem não entende inglês falado ):

 

 
          Resumão da historia? Alan Wake é um escritor famoso tirando férias numa cidade pequena. Férias essas necessárias, pois ele não consegue mais escrever, culpa da vida em New York. A mulher de Alan desaparece na cidade, e ele precisa encontrá-la enquanto tenta entender o que está acontecendo ( escuridão, morte e coisas que não fazem nenhum sentido o cercam ).

 

 
          O clima do jogo é um tanto quanto único. Alan Wake é dividido em episódios como uma série de TV. A cada episódio completo, o logo do game aparece e toca uma música ( sempre diferente a cada episódio ). Quando você se cansa de ouvir, passa para o próximo, que é apresentado com um "previously on Alan Wake", outra vez igual ás séries televisivas.
          A narrativa é muito forte e sempre tem algo acontecendo, seja uma reviravolta na história ou alguma informação nova relevante.
          O ambiente é interessante. Uma cidade pequena entre montanhas, ao lado de um lago. Florestas, florestas e florestas. Pra ajudar, os gráficos são muito bem trabalhados, com efeitos de luz, sombra e neblina incríveis, além de efeitos sonoros convincentes.
          A música não é ótima nem péssima, apenas fazendo seu papel ( é difícil alguem ganhar dos barulhos industriais de Silent Hill ).

 

 
          Geralmente nos games de terror/horror, luz e escuridão tem um papel importante. Em Alan Wake é ainda mais importante ( mais até que no classico Alone in the Dark ).
          Os inimigos são pessoas, animais ou objetos possuídos por uma escuridão maligna, que os deixa completamente fora de controle. Quando te atacam, são todos invulneráveis. Só me resta correr então? Não. Você deve usar a luz para destruir a proteção de escuridão que eles possuem, e então finaliza-los com armas comuns ( revolver, rifle, etc. ). E quais são as fontes de luz? Lanternas, de todos os tipos e tamanhos, alem da luz do ambiente. Correr para baixo de postes acesos durante uma luta significa recuperar vida mais rapidamente, alem de espantar as criaturas das sombras para longe. Existem ainda "flare guns", granadas de luz e outros acessórios luminosos para se defender.

 

 
          Alem do objetivo óbvio do jogo ( encontrar sua mulher e acabar com a escuridão ), existem outros menores, mas que ajudam no entendimento da história para os mais curiosos. Alguns trechos de um dos livros escritos por Wake estão jogados pelo caminho, e ao coletá-los, é possível ler cada um deles, revelando peças importantes ( e as vezes nem tanto ) da história. Entre os coletáveis ainda existem as garrafas térmicas de café, que não revelam nada alem de seu vício por cafeína digital =p ( os DLCs adicionam mais itens desse tipo ).
          É possível dirigir em alguns momentos, porém as chances para isso são raras e breves. Isso na verdade é um remanescente da primeira versão do jogo, que era pra ser completamente open world ( ou free roaming ), mas que foi mudado para uma narrativa extremamente linear ( com seus prós e contras ) para atender a necessidade da Remedy de fazer uma historia profunda.

 

          No mais, Alan wake é muito bom. Se você gosta de horror psicológico estilo Stephen King ( os antigos, tipo In the Mouth of Madness ), ou apenas tem medo do escuro, jogue. A historia é boa e vai te prender na cadeira por horas. A jogabilidade durante a noite ( quando a escuridão ataca ) pode se tornar repetitiva em alguns momentos, porém a alternância com o dia ( quando voce encontra outros personagens e a história se desenvolve ) alivia um pouco. O replay talvez não seja tão interessante, ja que a linearidade da história é total, mas essa história linear é muito boa ( e é sempre bom atirar em criaturas que saltam da escuridão ).

 
               Esse foi o review de Alan Wake! Até mais! o/

 
Por GUILHERME

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